Arrecadação sobe a R$ 1,537 tri em 2019, melhor resultado em 5 anos

A arrecadação de impostos no país somou R$ 147,501 bilhões em dezembro, queda real de 0,08% em relação ao mesmo mês um ano antes, informou a Receita Federal. Apesar da queda no mês, o recolhimento no ano todo cresceu 1,69% descontando a inflação do período, para R$ 1,537 trilhão, o que significa um aumento real de 1,69%.

Em dezembro, sem correção inflacionária, a receita com impostos e contribuições mostrou uma alta de 4,22% ante o mesmo mês do ano anterior, quando a arrecadação total somou R$ 141,529 bilhões (valor corrente). A arrecadação administrada em dezembro somou R$ 144,817 bilhões, um aumento real de 0,16% e nominal de 4,47% ante o mesmo mês de 2018.

A receita própria de outros órgãos federais (onde estão os dados de royalties de petróleo, por exemplo) foi de R$ 2,683 bilhões no mês passado, queda real de 11,69% e nominal de 7,88% na comparação com dezembro de 2018. Em termos nominais, o crescimento da arrecadação em 2019 seria de 5,49%. As administradas no ano somaram R$ 1,476 trilhão, uma alta real de 1,71% e nominal de 5,52% ante 2018. As receitas administradas por outros órgãos somaram R$ 61,011 bilhões no ano passado, uma elevação real de 1,28% e nominal de 4,8% ante 2018.

INFLAÇÃO 1 – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,71% no primeiro mês de 2020, depois de ter registrado alta de 1,05% um mês antes, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora a taxa seja menor do que a registrada em dezembro de 2019, trata-se do maior índice para meses de janeiro desde 2016 (+0,92%).

INFLAÇÃO 2 – A expectativa de inflação dos consumidores brasileiros para os 12 meses seguintes foi para 5% em janeiro, ou 0,2 ponto acima da taxa anterior, interrompendo a tendência de queda iniciada em agosto de 2019, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pelo levantamento. Em relação ao mesmo mês de 2019, houve estabilidade nas expectativas.

CONFIANÇA – Com um aumento de 1 ponto em relação a dezembro de 2019, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), alcançou 65,3 pontos em janeiro. É o maior patamar desde junho de O Icei, que varia numa escala de zero a 100, é composto pelos índices de Condições Atuais e de Expectativas. Já a FGV apurou que a confiança industrial deve manter trajetória de alta, com potencial crescimento na produção do setor até o fim do primeiro trimestre. No levantamento, o Índice de Confiança da Indústria (ICI), síntese da sondagem, sinaliza alta de 1,1 ponto em janeiro deste ano ante dezembro do ano passado, para 100,5 pontos.

CONSUMO – A intenção de consumo das famílias apresentou neste mês o melhor janeiro em cinco anos — e tem potencial de continuar a crescer nos próximos meses. A análise é da economista Catarina Carneiro, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), ao comentar a Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF). No levantamento, o ICF caiu 0,3% entre dezembro do ano passado e janeiro desse ano, com ajuste sazonal, para 97,1 pontos — mas subiu 1,2% ante janeiro de 2019. A especialista minimizou o recuo, explicando que isso se deve ao uso de base de comparação elevada, referente a dezembro, quando as famílias contavam com benefícios como saque de FGTS, pagamentos de 13º salário e de bônus.

VAREJO 1 – O Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian apresentou aumento de 2,0% no acumulado de janeiro a dezembro de 2019, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Seguindo a tendência do ano, o crescimento foi impulsionado pelo setor de veículos, motos e peças, que teve alta de 8,4% e pelo segmento de material de construção, este com acréscimo de 4,6%. Na variação mensal — dezembro contra novembro —, o indicador apresentou queda de 0,1%.

INADIMPLÊNCIA – O número de inadimplentes no Brasil manteve-se estável em 63,8 milhões em novembro de 2019, com queda de 3,3% no volume total de dívidas atrasadas e negativadas no país, de acordo com a Serasa Experian. Em novembro de 2018, as dívidas somavam 234,4 milhões, o que representava 3,7 contas por CPF. No mesmo mês de 2019, os compromissos financeiros não pagos caíram para 226,6 milhões, uma relação de 3,5 contas por CPF.

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