PEC que propõe fim da escala 6 x 1 é inviável economicamente

A ABAD – Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores – expressa sua preocupação com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa acabar com a escala 6×1 e implementar uma jornada de trabalho de quatro dias por semana. A medida, de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), propõe a redução da carga horária semanal para 36 horas, mantendo os salários e benefícios atuais, o que gera sérias dúvidas quanto à viabilidade econômica para o setor.

A PEC impõe um aumento de custos que dificilmente poderá ser absorvido pelas empresas, ameaçando tanto a produtividade quanto a estabilidade do emprego em diversos setores da economia.

Além disso, a mudança para uma jornada de quatro dias apresenta desafios operacionais significativos. Empresas que dependem de operações contínuas, como as do atacado distribuidor, veriam sua produtividade diretamente afetada, impactando sua capacidade de atender à demanda. Para muitos negócios, a adaptação se traduziria em custos elevados, possivelmente resultando em demissões como única forma de compensação financeira, comprometendo a segurança dos empregos e a própria competitividade do setor.

Outro ponto crítico é o efeito em cascata que essa elevação de custos pode ter sobre os preços ao consumidor final. A obrigatoriedade de uma jornada reduzida, combinada com a manutenção dos custos trabalhistas, tende a impactar toda a cadeia produtiva, prejudicando não só as empresas, mas também o poder de compra da população.

Reconhecemos a importância de uma adaptação contínua do mercado de trabalho e o bem-estar dos trabalhadores, mas destacamos os graves impactos que esta PEC traria para o setor e para a economia de forma geral.

A ABAD solicita aos parlamentares uma reavaliação responsável desta proposta, buscando alternativas que estimulem o crescimento econômico e a preservação dos empregos. Investir em qualificação e produtividade seria uma solução mais sustentável para promover o bem-estar dos trabalhadores sem colocar em risco a estabilidade econômica e a competitividade do setor.

Nos colocamos à disposição para debater e contribuir ativamente em audiências públicas e mesas redondas, junto ao Ministério do Trabalho, sindicatos e empregadores, na busca por um caminho equilibrado e viável para o futuro do mercado de trabalho no Brasil.

LEONARDO MIGUEL SEVERINI 
PRESIDENTE DA ABAD

CLIQUE AQUI para ler também nota técnica elaborada pela Dessimoni e Blanco, assessoria jurídica da ABAD, com mais argumentos e detalhamento contra a medida

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