Caminhoneiros ameaçam greve, mas iniciativa perde força

Marcada para acontecer nesta quarta-feira (19) a greve nacional dos caminhoneiros contra o adiamento da votação da tabela do frete pelo Supremo Tribunal (STF) perdeu força e a convocação ficou apenas nas redes sociais. O protesto foi organizado pelo presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Walace Landim. Uma reunião de conciliação foi agendada pelo ministro Fux e deverá ser realizada no dia 10 de março.

Landim chegou a postar um vídeo convocando a categoria para que o se dizia ser uma “nova greve dos caminhoneiros”, sem bloqueios nas rodovias, já que a última greve parou o país. Ele orientou os caminhoneiros a não sair de suas bases para transporte de cargas.

O presidente da Abrava, Walace Landim, fez grande movimentação e postou até um vídeo convocando a categoria para que o se dizia ser uma nova greve dos caminhoneiros. No entanto, ele prometeu que não haveria bloqueios nas rodovias, já que a última greve parou o país. Ele orientou que os caminhões não saíssem das bases para transporte de cargas.

A tabela, que define preços mínimos para os fretes, foi criada pelo governo Temer depois da greve dos caminhoneiros de maio de 2018, e desde o início causou celeuma. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA pede que a ferramenta seja declarada inconstitucional para que seja evitada, assim, uma “insegurança jurídica” que pode gerar multas a quem contratar o serviço sem respeitar os valores definidos. Dezenas de entidades que representam setores produtivos, boa parte ligada ao agronegócio, concorda com essa visão.

André Nassar, presidente da Abiove, que defende a livre negociação entre as partes, diz que o tabelamento é um retrocesso e que regulamentações adicionais definidas, como a obrigatoriedade de emissão de código identificador de operação de transporte (Ciot), elevam custos. Segundo produtores e tradings, os reajustes semestrais da tabela também afetam vendas antecipadas de soja e outros produtos, por turvarem o custo futuro do transporte. Com negociações antecipadas, cada player tenta aproveitar o melhor momento para travar preços.

Mas o adiamento do julgamento também contrariou transportadoras e caminhoneiros. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), por exemplo, divulgou nota afirmando que os profissionais que representa fariam protestos ontem e hoje para tentar pressionar o STF. “Os caminhoneiros têm lutado pelo seu sustento e têm buscado o melhor frete, para dar dignidade a sua família. Hoje estamos à mercê do STF, que há mais de dois anos não julga a ação de inconstitucionalidade movida por aqueles que exploram o frete (CNI e CNA)”, disse o caminhoneiro autônomo Carlos Alberto Litti Dahmer, diretor da CNTTL, em nota.

Fonte: Valor Online

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