Consumo nos Lares cresce 2,02% até maio, aponta indicador da ABRAS

O Consumo nos Lares mantém a trajetória de crescimento e acumula alta de 2,02% de janeiro a maio – resultado alinhado às projeções do setor supermercadista que prevê crescimento de 2,80% no ano, aponta o indicador nacional de consumo da Associação Brasileira de Supermercados.

Em maio, o consumo registrou queda de -3,47% na comparação com abril. De acordo com análise da entidade, o recuo se deve, principalmente pelo impacto positivo e natural de abril causado pela Páscoa no consumo, e pelo reflexo da inflação nos alimentos, que reduz o poder de compra da população.

Na comparação com o mesmo período de 2021, o consumo teve alta de 0,39%. Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“A expectativa é de que a redução do ICMS sobre os combustíveis, que impacta o frete, a queda do desemprego, os novos recursos que devem ser injetados na economia decorrentes da PEC dos Benefícios contribuam com o consumo nos lares. A sinalização dos analistas de mercado para uma inflação em menor patamar para o próximo mês pode trazer menor pressão sobre os preços na cesta de alimentos”, analisa o vice-presidente Institucional da ABRAS, Marcio Milan.

Kantar

Com inflação acumulada em 17% nos últimos 27 meses e renda informal crescendo 103% (média mensal de R$ 327 em 2020 para R$ 662 em 2021), está cada vez mais desafiador para o brasileiro manter o mesmo patamar de consumo. O valor desembolsado com uma cesta de 120 categorias compostas por alimentos, bebidas, limpeza doméstica e higiene e beleza cresceu 13%, porém o volume levado para casa diminuiu 5%. Isso porque o preço médio dos produtos aumentou 14%, mais do que o crescimento em faturamento do mercado. As informações são do Consumer Insights 2022, relatório produzido pela Kantar, líder em dados, insights e consultoria.

Dentro desse contexto, se alimentar fora de casa é ainda mais desafiador e, para compensar a alta de preços e suprir o desejo de comer fora de casa, o consumidor tem negligenciado as refeições completas, que ficaram 21% mais caras principalmente na hora do almoço, com um tíquete médio de R$ 43,94. A visita aos estabelecimentos para os almoços neste primeiro trimestre caiu 25% em comparação com o período pré-pandemia. Para balancear esse aumento, a saída encontrada foi buscar os petiscos (snacks), que ficaram 11% mais caros, porém bem abaixo do aumento das refeições completas e com um tíquete médio quatro vezes menor. Balas e gomas (+11%), sorvetes (+8%), chocolates (+6%) e biscoitos e bolos (+5%) foram as categorias que mais cresceram em ocasiões de consumo. CLIQUE AQUI para ver reportagem completa no site da Revista Distribuição.

*Com informações da Assessoria de Comunicação da ABRAS e do site da Revista Distribuição

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