Programa Brasil Mais é um passo para a reindustrialização do país

O presidente Jair Bolsonaro assinou, nesta terça-feira (18), o decreto que cria o programa “Brasil Mais”, de estímulo à eficiência das empresas. A ideia é atender 200 mil micro, pequenos e médios empreendimentos da indústria, comércio e serviços até 2022 com consultoria especializada. De acordo com o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec), Carlos Da Costa, coordenador do programa, é um passo para a reindustrialização do país.

Para o secretário, a queda da atividade industrial não foi cíclica. “O país tem graves problemas estruturais que estão sendo, aos poucos, resolvidos”. Mas o fato é que “o Brasil perdeu a capacidade de produzir”, completa. Segundo ele, as reformas estruturais que estão sendo definidas e viabilizadas pelo governo devem ter o efeito no crescimento da economia semelhante ao das reformas de Roberto Campos e Otávio Gouveia de Bulhões, que precederam o milagre econômico (período de aceleradas taxas de crescimento do PIB, com uma expansão média de 10,73% entre os anos de 1968 a 1974).

O porta-voz da presidência, Otávio Rêgo de Barros, afirmou que o programa contará com investimentos de R$ 1 bilhão e que, portanto, será o segundo maior programa de produtividade do mundo e o maior em transformação digital da América Latina.

O programa será gerido pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e executado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), responsável pelo eixo “Melhores Práticas Produtivas”, e pelo Serviço Brasileiro de Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), responsável pelo eixo “Melhores Práticas Gerenciais”.

Parte do chamado “Rotas do Crescimento”, o programa é um plano do Ministério da Economia para aumentar a produtividade e melhorar o ambiente de negócios no país. O objetivo é fazer uma recuperação estrutural da economia, dividido em seis eixos: Simplifica, Emprega Mais, Brasil 4.0, Concorrência para a Prosperidade, Pró-Infra, Prospera Micro e Pequena Empresa.

O Senai ficará responsável pela melhora nos processos produtivos dos clientes de indústrias. A instituição atenderá estabelecimentos que variam de 11 a 499 funcionários, fará a capacitação profissional e conduzirá consultorias especializadas em práticas e tecnologias que potencializem os resultados da produção. Serão 1,3 mil consultores, além de professores e tutores dos cursos de capacitação, online e presenciais, e equipes de suporte.

Já o Sebrae atenderá micro e pequenas empresas, prioritariamente, de comércio e serviços, e irá oferecer orientação técnica e consultorias individuais, para que clientes aperfeiçoem habilidades e práticas gerenciais. Após um diagnóstico, será desenhado um plano de ação contemplando um pacote de consultorias especializadas em gestão e inovação para cada empresa assistida.

O órgão disponibilizará 1,1 mil Agentes Locais de Inovação (ALI) em parceria com o CNPq, além de consultores que realizarão atendimentos especializados. Os atendimentos assistidos devem durar de três a seis meses e os parceiros estratégicos custearão o programa junto às empresas.

Na fase 1 do chamado eixo de “Melhores Práticas Produtivas”, as empresas pagarão uma taxa de R$ 2,4 mil, custo de 16 horas de consultoria individual. Na fase de digitalização, a contrapartida será de R$ 6 mil, correspondentes a 40 horas de consultorias oferecidas pelo Senai, acrescidos dos custos dos sensores e do sistema de monitoramento on-line.

No eixo “Melhores Práticas Gerenciais”, o atendimento, prestado pelo Sebrae, terá como contrapartida cerca de R$ 1.200. A ideia do governo é que, com a melhoria dos processos de gerenciamento e produção, as empresas atendidas recuperem o valor investido em poucos meses.

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Fonte: Valor online e Agência Brasil

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