A segunda parte das propostas do governo para a reforma tributária deve chegar ao Congresso Nacional até o dia 15 de agosto, segundo informações do jornal Valor Econômico. Nesse pacote estão: desoneração da folha salarial, criação do novo tributo sobre pagamentos, reforma do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, trabalha em ritmo acelerado para cumprir a meta.
De acordo com a apuração, o plano inicial de propor a reforma tributária em fatias ao longo do segundo semestre de 2020 foi acelerado porque ficou claro à equipe econômica que as resistências do setor de serviços à reforma do PIS-Cofins, com a criação da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), só poderão ser contornadas com a desoneração da folha.
Paulo Guedes se reuniu na quarta-feira (22) com empresários representantes dos setores de comércio, serviços, varejo, bares e restaurantes, incluindo os líderes da Unecs – União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços, para discutir as propostas de reforma tributária que o governo começou a entregar ao Congresso na terça-feira (21).
Segundo o presidente da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs) e da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), George Pinheiro, Guedes pediu apoio à aprovação do novo tributo sobre transações digitais, que, de acordo com o ministro, deve financiar a desoneração da folha.
Em outro ponto da conversa, preocupados com um possível aumento na carga tributária, o grupo se mostrou contrário à criação da Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS), que unificaria dois impostos federais: o Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e a Contribuição sobre o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). De acordo Guedes, o possível aumento na carga seria contrabalanceado com a desoneração da folha salarial.
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Fonte: Site da UNECS