Accountability é tema de palestra magna na Convenção Nacional do GAJS 

“A provocação é para sermos cada vez mais conscientes”, disse João Cordeiro, psicólogo, pós-graduado em marketing e especialista em gestão empresarial, durante a palestra magna da sétima edição da Convenção Nacional do Grupo ABAD Jovens e Sucessores (GAJS). Responsável por trazer o conceito de accountability para o Brasil, Cordeiro foi convidado para o evento para falar sobre a evolução da responsabilidade pessoal a fim de promover um debate relevante sobre como os empresários brasileiros enxergam suas próprias decisões e atitudes.

Logo na abertura do tema, Cordeiro citou Kofi Annan, sétimo secretário-geral da ONU e vencedor do Prêmio Nobel da Paz, que costumava dizer que “nenhum ser humano nasce cidadão e nenhum país nasce como nação democrática”. Com essa citação, o palestrante provocou os presentes a entender que a evolução, tanto pessoal quanto profissional, deve ser contínua e constante. “Estamos permanentemente em construção”, pontuou.

Considerando que a responsabilidade surge degrau a degrau dentro do processo evolutivo, Cordeiro explicou que o crescimento profissional se inicia com a responsabilidade básica, seguindo para o protagonismo, depois para o senso de dor, a prestação de conta e, assim, atingir o accountability

“O conceito de responsabilidade chega, para as pessoas, em contextos diferentes. O problema é que o prazer de reclamar muitas vezes é maior do que o de resolver, e a falta de protagonismo gera custo para as empresas”, declarou. Para ele, é preciso provocar os jovens líderes a olhar comportamentos irresponsáveis com indignação, pois, somente assim, será possível utilizar a cultura de accountability para combatê-los.

Qualidades a serem buscadas

Cordeiro cita, entre tantas qualidades e características desejáveis aos líderes empresariais, seis que fazem toda a diferença e que, normalmente, não são aprendidas na faculdade e tampouco em mentorias. “Elas surgem naqueles almoços com a família e em situações semelhantes aos que tiveram esse privilégio”, disse. São elas:

 

  1. Gratidão – Seja grato por tudo e siga sua vida
  2. Respeito – Honre o legado da sua família
  3. Ambição – Fortaleça a sua reputação e se autodesenvolva
  4. Ponderação – Equilibre a tradição com a inovação
  5. Coragem – encontre a sua própria voz
  6. Paciência – Coisas boas tem seu próprio tempo


A atual presidente do GAJS, Patrícia Turmina, fez um questionamento importante à Cordeiro. “Uma empresa tem capacidade de ensinar valores e virtudes? Ou o mundo ideal é aquele em que encontramos as pessoas com valores alinhados aos da empresa no mercado para contratar?”. 

Para o especialista, infelizmente é muito raro que o mercado entregue esses profissionais “prontos”. “A empresa é quem tem que formar o seu time”, finalizou.

Veja as fotos no Flickr e reveja o evento no canal da ABAD, no Youtube:

 

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