Transformação digital chega ao atacado distribuidor

Sempre atenta ao futuro dos negócios e do setor, a ABAD procurou trazer, no segundo painel desta quarta-feira – “Transformação digital do atacado distribuidor” – conhecimento atualizado e relevante sobre novas tendências e tecnologias que já começam a impactar a atividade de distribuição, apresentando tendências e, especialmente, indicando como essa mudança cultural deve elevar o negócio do atacado distribuidor a um novo patamar dentro da cadeia de abastecimento.

O debate contou com a participação de Ana Paula Maniero, gerente de Engajamento Setorial da GS1 Brasil; Márcio Cruz Lopes, diretor de Desenvolvimento de Negócios do Grupo KION Dematic; e Kai Philipp Schoppen, Presidente da Infracommerce; além do vice-presidente da ABAD, Leonardo Severini, como anfitrião. A mediação ficou a cargo de Eduardo Terra, sócio-diretor da BTR Educação e Consultoria e presidente da SBVC – Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo.

“Um dos desafios do atacado é ter capilaridade, vascularização, ou seja, estar presente para o cliente e fica difícil pensar em alcançar esse objetivo sem ser digital”, comentou Terra. Para ele, a transformação digital faz parte de uma mudança de cultura que não irá acabar com a essência da empresa, pelo contrário, irá usar essa essência para aprimorar o negócio.

Em seguida, cada participante trouxe uma apresentação sobre o tema, sob o ponto de vista de suas expertises:

Em sua apresentação, Ana Paula Maniero destacou a importância da qualidade e da utilização dos dados para garantir uma operação mais eficiente e sustentável ao atacado distribuidor. “Vivemos na era da informação e é fundamental que o canal indireto inclua na agenda investimentos a obtenção de dados confiáveis e seguros”, disse.

Segundo Ana Paula, uma pesquisa da GS1 Brasil aponta que 80% dos dados que as empresas têm hoje apresentam alguma inconsistência e que 60% dos códigos estão duplicados. “Outro dado mostra que 83% dos profissionais enxergam melhorias na eficiência das operações quando se investe em qualidade de dados”, revelou.

Uma das preocupações dos atacadistas distribuidores quanto às operações digitais no B2B é a relação com os RCAs (representantes comerciais). Para Kai Schoppen, ambos só têm a ganhar. “Um RCA que faz de seis a oito visitas ao dia passaria a fazer de 10 a 12 contatos, sem sair da empresa, se a operação fosse digitalizada, aumentando, inclusive, o seu ganho mensal. É importante que a direção da empresa deixe claro que os RCAs continuarão ganhando, mesmo nas operações digitais”, comentou.

Outro aspecto da Transformação Digital é o ganho de produtividade e competividade. “O estoque é o pulmão das operações e com a transformação digital nasce uma tendência em que as empresas tenham centros de distribuição regionais ainda menores no futuro, até mesmo dentro da própria operação do varejista. Um dos desafios da Transformação Digital é atender aos pedidos com maior velocidade”, falou Márcio Lopes.

Já Leonardo Severini reforçou que a Transformação Digital não é uma intenção e sim um hábito que se não for praticado não levará a lugar algum. “Não adianta ter agenda se não praticar”, disse. Severini ainda afirmou que estar aberto à Transformação Digital não significa mudar a essência da empresa.

Ao final do painel, os palestrantes foram desafiados por Eduardo Terra a definir a Transformação Digital no Atacado Distribuidor em uma palavra ou frase; confira:

Márcio Cruz Lopes – Reinvenção

Kai Philipp Schoppen – Lição de casa

Ana Paula V. Maniero – Não mude agora, mude “ontem”

Leonardo Severini – Transformação Digital gera eficiência e eficiência gera economia

 

Veja as apresentações de: Eduardo Terra, Kai Schoppen, Ana Paula Maniero e Márcio Cruz.

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