O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou crescimento de 0,17% em outubro, na comparação com o mês anterior, na série dessazonalizada. Em setembro, o resultado havia sido positivo em 0,47% (dado revisado de alta de 0,44%).
Nos 12 meses encerrados em outubro, houve expansão de 0,96%, na série sem ajuste. Devido às revisões constantes do indicador, o IBC-Br medido em 12 meses é mais estável do que a medição mensal, assim como o próprio Produto Interno Bruto (PIB). Perante outubro de 2018, o índice aumentou 2,13%, na série sem ajuste. No ano, a variação é positiva em 0,95%. O comportamento do indicador no mês de outubro foi influenciado pela alta de 0,8% da produção industrial, pelo incremento de 0,8% dos serviços e pelo avanço de 0,1% do varejo, segundo as pesquisas mensais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O indicador do BC, de frequência mensal, permite acompanhamento mais frequente da evolução da atividade econômica, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB), de frequência trimestral, descreve um quadro mais abrangente da economia.
VAREJO – As vendas do varejo ampliado – que incluem veículos e material de construção – cresceram mais que o esperado em outubro, com alta generalizada entre os segmentos, e apontam um crescimento maior da atividade no início do quarto trimestre deste ano, segundo economistas. No terceiro trimestre, a expansão de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB), sobre o segundo, já foi puxada pelo consumo privado. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas do ampliado cresceram 0,8% sobre setembro, feito o ajuste sazonal, bem acima da mediana de 0,3% das estimativas do mercado. No conceito restrito, houve expansão de 0,1%. A expectativa era de estabilidade. O varejo desacelerou na comparação com setembro, quando houve alta de 0,8% no restrito e de 1% no ampliado, sobre agosto, influenciada pela Semana do Brasil, programa de estímulo ao consumo criado pelo governo com algumas redes varejistas. Mas, depois de um primeiro semestre em que as vendas subiram menos que no mesmo período do ano passado, o comércio apresenta um ritmo mais forte na segunda metade do ano.
EMPREGO – O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) da Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu 2,6 pontos em novembro, para 88,4 pontos, o maior nível desde abril (92,5 pontos). Em média móvel trimestral, o indicador segue em trajetória positiva ao aumentar 0,5 ponto em relação ao mês anterior. “O Indicador Antecedente de Emprego voltou a avançar em novembro recuperando a queda observada em outubro. Contudo, a virtual estabilidade do indicador em médias móveis trimestrais, pelo segundo mês consecutivo, reforça o cenário de dificuldades de avanços mais expressivos do mercado de trabalho, sugerindo continuidade da recuperação em ritmo gradual”, diz Rodolpho Tobler, economista da FGV, em comentário no relatório.