O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central (BC) registrou queda de 0,28% em março, em relação ao mês anterior. O desempenho, medido pela série com ajuste sazonal, veio após retração de 0,98% em fevereiro (dado revisado de queda de 0,73% divulgada anteriormente).
No primeiro trimestre de 2019, o indicador apontou retração de 0,68% perante os três meses antecedentes. Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, houve crescimento, de 0,23%. Na comparação com março de 2018, o IBC-Br apresentou queda de 2,52%. Nos 12 meses até março, o indicador registrou alta, de 1,05%.
O Banco Central (BC) afirmou nesta semana que é alta a probabilidade de a economia brasileira fechar o primeiro trimestre com ligeira retração. De acordo com o Monitor do PIB, calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a economia brasileira teve retração de 0,1% no primeiro trimestre do ano, em comparação com o último trimestre do ano passado, e de 0,4% em março contra fevereiro.
COPOM – O Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu na semana passada manter pela nona vez seguida a Selic em 6,50% ao ano, deixando a taxa em seu menor patamar na história. Esta foi a segunda reunião sob o comando de Roberto Campos Neto. Com uma decisão sem surpresas, a atenção de analistas e economistas está nos próximos passos da autoridade monetária, que tem mantida fechada a porta para um possível corte de juros nos próximos meses.
CONFIANÇA – O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registrou queda de 1,5% em abril ante março, ficando em 125,2 pontos. O resultado ainda está acima da zona de satisfação (100 pontos), mas é menor que os 127,1 pontos do mês de março e a primeira queda do índice desde agosto do ano passado.
DEMANDA – O consumo aparente de bens industriais diminuiu 2,8% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com os últimos três meses de 2018, segundo cálculo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, queda foi de 2,7%. Em 12 meses, houve alta, de 1,3%. O consumo aparente mede a demanda interna e é definido pela produção industrial líquida das exportações e acrescida das importações. A demanda interna por bens industriais caiu 0,5% em janeiro, recuou 1,1% em fevereiro e cedeu 2,7% em março, na série com ajuste sazonal. Na comparação com os respectivos períodos de 2018, houve queda de 2,3% em janeiro, alta de 2% em fevereiro e nova retração de 7,2% em março.
INFLAÇÃO – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou para 0,57% em abril, em relação ao percentual de 0,75% registrado em março, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o índice mais alto para abril desde 2016 (0,61%), com influência do aumento de itens básicos do custo de vida das famílias brasileiras, como saúde, transporte e alimentos, que responderam por 90% da inflação no mês.