O mercado de trabalho brasileiro registrou criação líquida de 43.820 vagas formais em julho. O saldo é resultado de 1.331.189 admissões e 1.287.369 desligamentos. Os números fazem parte do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério da Economia. Houve crescimento em sete dos oito setores econômicos no mês.
O principal destaque positivo ficou com a construção civil (18.721 vagas criadas). A indústria de transformação teve alta líquida de 5.391 postos. Também tiveram alta os setores de agropecuária (4.645 postos), serviços (8.948 postos), serviços industriais de utilidade pública (494 postos), indústria extrativa mineral (1.049 postos) e comércio (4.887 postos). O único setor a registrar queda líquida do emprego foi a administração pública, com recuo de 315 vagas.
O comércio atacadista no Estado de São Paulo, segundo a FecomércioSP, criou 200 postos de trabalho com carteira assinada em junho: 14.665 admissões contra 14.465 desligamentos. Com isso, o setor encerrou o mês com um estoque ativo de 517.169 vínculos empregatícios – alta de 1,8% em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado de 12 meses, foram cridas 9.114 vagas.
CONFIANÇA 1 – A confiança do comércio mostrou em agosto a mais intensa alta do ano, impulsionada por percepção de melhora em vendas, e calibragem em relação à quedas observadas este ano, informou Rodolpho Tobler, coordenador da Sondagem de Comércio da Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 3,2 pontos entre julho e agosto, para 98,7 pontos, maior aumento desde dezembro de 2018 (5,5 pontos). Para o especialista, a trajetória do indicador pode se manter positiva no próximo mês. Isso porque a perspectiva de saques, de parte do FGTS, autorizada pelo governo, pode elevar poder de consumo, e assim elevar ritmo de vendas.
CONFIANÇA 2 – O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), avançou 1,1 ponto em agosto, para 89,2 pontos, o maior nível desde abril deste ano (89,5 pontos). Em médias móveis trimestrais, o indicador registrou alta de 0,9 ponto após cinco quedas consecutivas, quando acumulou perda de 7,5 pontos. Pelo segundo mês consecutivo, a satisfação em relação ao momento atual melhorou, enquanto as expectativas em relação aos próximos meses pioraram. O Índice de Situação Atual (ISA) aumentou 3,4 pontos, para 78,7 pontos, a maior marca desde abril de 2015 (78,9), enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 0,5 ponto, para 97,2 pontos, mantendo-se em patamar abaixo do nível neutro de 100 pontos pelo quinto mês consecutivo.
ARRECADAÇÃO – Com a ajuda de R$ 3,2 bilhões em ingressos extraordinários de tributos cobrados sobre rearranjos societários, a arrecadação federal atingiu em julho R$ 137,735 bilhões, alta real de 2,95% sobre julho de 2018. É o melhor resultado para o mês desde 2011. Devido a receita atípica, o resultado de julho veio 3,3% acima do esperado pelo mercado. No ano, a arrecadação foi de R$ 895,330 bilhões.
INDÚSTRIA – O índice de produção da indústria brasileira, calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em sua Sondagem Industrial, subiu 9,6 pontos frente a junho e alcançou 53 pontos em julho. O indicador está 5 pontos acima da média histórica e é o maior desde outubro do ano passado. Mesmo assim, o emprego no setor continua em queda. O índice de evolução do número de empregados ficou em 48,4 pontos em julho, abaixo da linha divisória dos 50 pontos. O aumento da produção foi acompanhado do crescimento da utilização da capacidade instalada, que subiu 2 pontos percentuais em relação a junho e ficou 68% em julho.