Os consumidores brasileiros acreditam que a inflação no país ficará em 5,3% nos próximos 12 meses. O resultado da pesquisa de maio é superior ao 5% registrado pelos consumidores em abril. Em maio de 2017, a taxa era de 7,1%. Os dados são da Expectativa de Inflação dos Consumidores, da Fundação Getulio Vargas (FGV). A pesquisa é feita com base em entrevistas aos consumidores, que respondem à seguinte pergunta: “Na sua opinião, de quanto será a inflação brasileira nos próximos 12 meses?”. De acordo com a FGV, o aumento da expectativa deve ser analisado com cautela, uma vez que a taxa, na faixa dos 5%, ainda é baixa em termos históricos.
“Por outro lado, acende-se uma luz amarela em relação à possibilidade de que a alta esteja relacionada à expressiva alta do dólar em abril e maio. Esta percepção pode ainda estar sendo aprofundada pela incerteza provocada pela instabilidade do ambiente político”, disse o pesquisador da FGV Pedro Costa Ferreira.
INFLAÇÃO 1 – Uma semana após o Banco Central (BC) manter a taxa básica de juros em 6,50% ao ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial do país, surpreende o mercado ao desacelerar para 0,14% em maio, depois de ter avançado 0,21% um mês antes. Apesar da pressão de produtos e serviços como remédios, planos de saúde, energia elétrica e gasolina — todos preços administrados pelo governo, o resultado de maio é o mais baixo para o mês desde 2000 (+0,09%), de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
INADIMPLÊNCIA – O Indicador de Recuperação de Crédito, mensurado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todo o país aponta um crescimento expressivo de 3% em abril no número de consumidores que conseguiram recuperar o crédito, considerando o acumulado dos últimos 12 meses. Esta é a maior alta registrada desde o outubro de 2015. Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, os dados refletem a gradual retomada da economia brasileira.
EMPREGO – A economia brasileira gerou 115.898 empregos com carteira assinada em abril, segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho. É o melhor resultado para o mês desde 2013, quando foram abertas 196.913 vagas formais. Ou seja, foi o melhor resultado para abril em cinco anos. Quando o país cria vagas de trabalho em um determinado período, significa que as contratações superaram as demissões. Em abril, foram registradas 1.305.225 contratações e 1.189.327 desligamentos. Por meio de sua conta no Twitter, o presidente Michel Temer comemorou o resultado. “É inquestionável. Tivemos cerca de 115 mil empregos de carteira assinada criados em abril. Os defensores da crise perderam. O otimismo voltou”, declarou.
VAREJO – A intenção de crescimento de empresas de comércio da região metropolitana de São Paulo cresceu 1 por cento em maio na comparação com abril e atingiu o maior patamar desde dezembro de 2014, mostraram dados divulgados pela Fecomercio-SP. O Índice de Expansão do Comércio (IEC) foi a 102,6 pontos em maio, ante 101,6 pontos em abril. Na comparação com maio do ano passado, a alta foi de 12,2 por cento. Com os dados de maio, o indicador mostra crescimento pelo terceiro mês seguido na comparação com os meses imediatamente anteriores.