As vendas do comércio caíram 0,1% em dezembro do ano passado, na comparação com novembro, interrompendo sete meses seguidos de avanço. Apesar da queda, o comércio fechou 2019 com alta de 1,8%. Foi o terceiro ano consecutivo de crescimento, mas no pior ritmo em três anos, segundo o IBGE. O varejo cresceu 2,1% em 2017 e 2,3% em 2018. Na comparação com dezembro do ano anterior, houve avanço de 2,6% nas vendas. O resultado foi pior que o esperado por analistas consultados pela agência de notícias Reuters, de alta de 0,2% na comparação mensal e de 3,5% na anual.
O crescimento de 1,8% em 2019 foi o mais fraco em três anos seguidos de altas —2,3% em 2018 e 2,1% em 2017. Apesar de ter acumulado ganhos de 6,3% nesses três anos, o resultado não é suficiente para compensar as perdas de 10,2% vistas em 2015 e 2016.
No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, peças e de material de construção, o volume de vendas em dezembro caiu 0,8% em relação a novembro de 2019, segunda taxa negativa seguida. Frente a dezembro de 2018, houve aumento de 4,1%, nona taxa positiva consecutiva. Comparado a 2018, o varejo ampliado acumulou alta de 3,9% em 2019.
Supermercados – O ano de 2019 foi positivo para o setor supermercadista, que registrou crescimento real – deflacionado pelo IPCA/IBGE – de 3,62%, de janeiro a dezembro, de acordo com o Índice Nacional de Vendas ABRAS, apurado pelo Departamento de Economia e Pesquisa da entidade nacional. Em relação a novembro, o último mês do ano apresentou alta real de 16,36%, e na comparação com dezembro de 2018, crescimento de 2,30%. Para o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), João Sanzovo Neto, o resultado é motivo de comemoração e disse que espera 3,9% de crescimento em 2020.
Indústria – A demanda por bens industriais no país encolheu no ano de 2019, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Indicador de Consumo Aparente de Bens Industriais — que mede a produção industrial doméstica subtraídas as exportações e acrescidas das importações — recuou 0,2% em relação ao ano anterior. Na passagem de novembro para dezembro, houve recuo de 4,9% na demanda por bens industriais.