Copom mantém Selic em 6,50% ao ano pela quarta vez seguida

O Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu na quarta-feira (19) manter pela quarta vez seguida a Selic em 6,50% ao ano, seguindo o que esperava a maior parte do mercado financeiro. A expectativa do mercado é que os juros permaneçam estáveis pelo menos até o final do ano.

No comunicado, o Banco Central ressaltou que o cenário atual necessita de uma “política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural”. “Esse estímulo começará a ser removido gradualmente caso o cenário prospectivo para a inflação no horizonte relevante para a política monetária e/ou seu balanço de riscos apresentem piora”, destacou a autoridade monetária.

Para o BC, os níveis de inflação se encontram em “níveis apropriados”, mas os principais riscos seguem associados à alta de juros nas maiores economias do mundo, em especial nos Estados Unidos, além das incertezas geradas pela guerra comercial de Donald Trump contra a China.

CONSUMO – O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 86,9 pontos em setembro de 2018, registrando alta de 1,5% em relação ao mês passado. Na comparação anual, o aumento foi de 13,2%. Mesmo completando 41 meses abaixo dos 100 pontos, a pesquisa mostra elevação da confiança mesmo diante do cenário de incertezas. Todos os subíndices que compõem o ICF aumentaram na variação mensal, com destaque para três que subiram acima da média: Renda Atual (+2,5%), Nível de Consumo Atual (+2,4%) e Momento para Duráveis (+2,2%). Já na comparação anual, observam-se elevações consideráveis, como Nível de Consumo Atual (+24,9%) e Perspectiva de Consumo (+22,6%), bem acima das demais variações.

EMPREGO – O Ministério do Trabalho confirmou na sexta-feira (21) que o Brasil gerou saldo positivo de 110.431 vagas de emprego com carteira assinada no mês de agosto. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram registradas 1,242 milhão de demissões, mas 1,353 milhão de contratações, o que representa o melhor resultado para o mês nos últimos cinco anos. Dessa forma, segundo o próprio governo, o Brasil acumula um saldo positivo de 568,5 mil empregos formais com carteira assinada criados apenas no ano de 2018 e um saldo positivo de 357 mil postos de trabalho na série histórica desde setembro do ano passado.

CONFIANÇA 1 – O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), teve queda de 1,7 ponto em setembro, para 82,1 pontos, após marcar 83,8 pontos um mês antes. Com o resultado, o índice retorna ao nível de junho passado, quando a confiança havia sido abalada pela greve dos caminhoneiros do mês anterior. Enquanto as avaliações sobre a situação atual tiveram ligeira melhora no período, as expectativas para os próximos meses pioraram.  “O resultado parece estar diretamente relacionado à situação financeira das famílias e à lenta recuperação do mercado de trabalho”, afirma Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor, em comentário no documento.

CONFIANÇA 2 – A confiança do empresário da indústria abrandou em setembro, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). No período, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) recuou 0,5 ponto e passou a registrar 52,8 pontos, interrompendo série de recuperação iniciada “após a forte queda observada em junho por conta da greve dos caminhoneiros”, ocorrida um mês antes. Assim, o Icei encontra-se 1,3 ponto abaixo de sua média histórica e 2,9 pontos abaixo do registrado no mesmo mês em 2017. Em agosto, o indicador havia crescido 3,1 pontos em relação a julho. Apesar do recuo, o indicador continua acima da linha divisória dos 50 pontos que separa a confiança da falta de confiança, destacou a CNI.

ARRECADAÇÃO – A arrecadação federal de impostos registrou uma alta real de 1,08% em agosto, na comparação com igual período de um ano antes, e chegou a R$ 109,751 bilhões. Na série atualizada pela inflação, o resultado representa o melhor desempenho para agosto desde 2014 (R$ 120,249 bilhões). De acordo com os números divulgados na sexta-feira (21) pela Receita Federal, esse é o 10º mês seguido de crescimento, já considerando números corrigidos pela inflação. A alta real de 1,08%, contudo, representa o menor crescimento do ano. O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias, explicou que os dados de agosto de 2017 estão influenciados pela entrada de R$ 3,5 bilhões do pagamento do Refis, o que não ocorreu neste ano.

INFLAÇÃO – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial do país, deixou uma alta de 0,13% em agosto para 0,09% um mês depois, mostrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira. Trata-se do menor IPCA-15 para meses de setembro desde 2006 (0,05%). O índice ficou ligeiramente abaixo do registrado em setembro de 2017 (0,11%). A pesquisa trouxe ainda que a inflação em 12 meses desacelerou de 4,30% em agosto para 4,28% em setembro. No acumulado do ano, a prévia do IPCA registrou elevação de 3,23%.

PIB – A economia cresceu 0,4% em julho ante junho, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), que anunciou seu Monitor do PIB. A atividade caiu 0,5% na variação do trimestre móvel de maio, junho e julho, em comparação ao de fevereiro, março e abril, com impacto negativo da greve dos caminhoneiros no fim de maio. Na comparação com igual mês de 2017, o PIB cresceu 2,2% em julho deste ano. No trimestre finalizado em julho ante igual período de ano anterior, o avanço foi de 0,5%. Para Claudio Considera, pesquisador associado da FGV, o PIB deve continuar a crescer em ritmo reduzido até fim do ano.

INADIMPLÊNCIA 1 – A inadimplência do consumidor subiu 4,8% em agosto, na comparação com um ano antes, informou a Boa Vista SCPC, nesta segunda-feira (24). Na avaliação mensal com ajuste sazonal, agosto recuou 2,7% frente a julho. No acumulado em 12 meses (setembro de 2017 até agosto de 2018 frente aos 12 meses antecedentes), a queda foi de 3,4%. O indicador de registro de inadimplência é elaborado a partir da quantidade de novos registros de dívidas vencidas e não pagas informados à Boa Vista SCPC pelas empresas credoras.

INADIMPLÊNCIA 2 – O número de consumidores inadimplentes no Brasil totalizou 61,5 milhões em agosto, uma queda de 0,16% em relação ao consolidado de julho, de 61,6 milhões, diz a Serasa Experian. Trata-se do segundo recuo consecutivo após o recorde da série, registrado em junho, quando chegou a 61,8 milhões de inadimplentes. Já na comparação com os 60,4 milhões de agosto de 2017, o aumento foi de 1,82%. O montante de dívidas em agosto atingiu R$ 274 bilhões, com média de quatro dívidas por CPF, totalizando R$ 4.453 por pessoa. Bancos e cartões de crédito seguiram com a maior participação no total de dívidas atrasadas em agosto, mas registraram a maior queda, de 1,6 ponto percentual, em relação ao apurado no mês correspondente de 2017. Já contas de energia elétrica, gás e água se destacaram como a maior alta observada entre os segmentos, de 2,1 pontos percentuais em comparação a agosto de 2017.

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