Crescimento do varejo em 2018 dependeu da venda de itens básicos

Dos oito ramos do varejo pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas quatro apresentaram crescimento no ano passado pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). Os destaques foram os setores de itens básicos, como supermercados e medicamentos. Conforme divulgado pelo instituto, as vendas do varejo cresceram 2,3% em 2018, na comparação ao ano anterior, o melhor resultado do setor nos últimos cinco anos. O setor segue, desta forma, em processo de recuperação das perdas da crise — as vendas estão 7% abaixo do pico histórico.

Dos destaques positivos, as vendas de supermercados e hipermercados cresceram 3,8% no ano passado, frente ao ano anterior. O setor responde por quase a metade (48%) do varejo acompanhado pela pesquisa e contribuiu com 1,8 ponto percentual para o resultado do setor.

“Vai demorar para consumo voltar a ser o que era em 2010″, diz Renato Meirelles. Outra ramo do varejo com crescimento destacado das vendas foi o de artigos farmacêuticos, medicamentos, ortopédicos e de perfumaria, com alta de 5,9%. Neste caso, o setor contribuiu com 0,5 ponto percentual para o desempenho do varejo neste ano. Isabella Nunes, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, disse que a recuperação por itens básicos está ligada à recuperação ainda lenta do mercado do mercado de trabalho, pela informalidade. “Essa melhora pela informalidade direciona para itens básicos”, acredita.

PIB – O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central (BC) registrou alta de 0,21% em dezembro frente a novembro. O desempenho, medido pela série com ajuste sazonal, veio após uma alta de 0,23% em novembro (dado revisado frente ao 0,29% divulgado inicialmente). Em 2018, o IBC-Br teve alta de 1,15%.  De 2014 a 2016, o IBC-Br apresentou queda. Em 2017, a alta foi de 0,93%, segundo dado revisado pelo Banco Central de uma alta de 1,06% informada anteriormente.

ENDIVIDAMENTO – A proporção de famílias endividadas na capital paulista em janeiro chegou a 49,9% (ou 1,95 milhão de lares) segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, realizada mensalmente pela FecomercioSP). O resultado é 3,4 pontos percentuais menor do que o registrado no mesmo mês de 2018 – uma redução de 120 mil famílias. No ano passado, em janeiro, 53,3% das famílias estavam endividadas. “Algumas famílias estão tentando evitar comprometer as suas finanças com dívida. Houve uma melhora relativa neste primeiro mês em relação ao que foi visto ao longo do ano passado, quando as taxas de endividamento e inadimplência estavam ainda mais elevadas. No entanto, ainda há uma grande parcela com dificuldade de cumprir com os compromissos feitos”, destacou a entidade em nota.

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