O faturamento do atacado distribuidor cresceu +1,14% no acumulado do ano em 2019, na comparação com o mesmo período de 2018, confirmando as projeções do setor. A expectativa é que o desempenho seja ratificado pelo Ranking ABAD/Nielsen, estudo anual que traz uma radiografia completa do atacado distribuidor. Em relação a dezembro de 2018, o faturamento teve alta de +0,75% em dezembro. Já na comparação com o mês de novembro de 2019, o crescimento foi maior: +1,97%. Os dados fazem parte da pesquisa mensal da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores, apurada pela FIA (Fundação Instituto de Administração) com um grupo representativo de empresas.
O presidente da ABAD, Emerson Destro, avalia que o ano de 2019 foi bastante positivo apesar dos desafios e encerrou-se de forma animadora, com crescimento de vendas no último trimestre, trazendo boas perspectivas para o início de 2020. “Também registramos melhora no desempenho do comércio e nos gastos das famílias, com a inflação mantida em patamares historicamente baixos. Isso tudo ancorado em medidas governamentais importantes como a aprovação da Nova Previdência, a Lei da Liberdade Econômica e o Programa Verde Amarelo, voltado a dinamizar o mercado de trabalho, que já apresenta sinais de recuperação”, afirma.
Segundo Destro, para 2020, com o avanço desse cenário positivo é factível que o crescimento do PIB previsto pelo governo e pelo mercado atinja algo entre 2% e 2,25%, principalmente se houver avanço na reforma administrativa, que visa dar agilidade e eficiência à máquina pública, e na reforma tributária, que promete pacificar a selva tributária que tomou conta do país.
“Já o resultado do nosso setor deverá superar o crescimento do PIB, uma vez que a redução do desemprego deve aquecer o mercado doméstico e tendo em vista que os pequenos e médios mercados, principais clientes do setor, vêm ganhando cada vez mais a preferência do consumidor”, concluiu.
Em termos deflacionados, os números do Banco de Dados ABAD/FIA foram positivos na comparação com mês de novembro de 2019, com crescimento de +0,81% em dezembro. Mas permanecem negativos no acumulado do ano (-2,48%) e na comparação com dezembro de 2018 (-3,41%).
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COPOM – O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu os juros básicos da economia (Selic) de 4,5% para 4,25% ao ano, e deu sinal claro de que deverá manter a taxa nesse novo patamar em sua próxima reunião, em março. “Considerando os efeitos defasados do ciclo de afrouxamento iniciado em julho de 2019, o Comitê vê como adequada a interrupção do processo de flexibilização monetária”, disse em comunicado divulgado logo após a reunião, nesta quarta.
FALÊNCIA – O número de empresas que pediu falência caiu 42% em janeiro, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados da Boa Vista SCPC. Em relação a dezembro, houve queda de 29,6%. Os pedidos de recuperação judicial tiveram ligeira alta, de 4%, sobre janeiro do ano passado, mas no confronto com dezembro caíram 22,5%. Em 12 meses ambos os indicadores registram queda. Os pedidos de falência recuaram 2,7%, e os de recuperação cederam 8,2%. Segundo
INVESTIMENTO – A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), medida dos investimentos em máquinas, construção civil e pesquisas, fechou o quarto trimestre de 2019 em queda de 2,7% frente aos três meses anteriores, feitos os ajustes sazonais, segundo indicador divulgado nesta quinta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Se confirmado isso em março, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará o Produto Interno Bruto (PIB), os investimentos terão interrompido uma sequência de dois trimestres de alta pela série com ajuste sazonal. O indicador havia avançado 3% no segundo trimestre e 2% no terceiro trimestre.
EMPREGO – O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 2,4 pontos em janeiro de 2020, em relação ao mês anterior, para 92,3 pontos, o maior nível desde abril de 2019 (92,5 pontos). Na série de médias móveis trimestrais, o indicador segue em trajetória positiva pelo terceiro mês consecutivo, ao avançar 2,2 pontos em relação ao mês anterior. Cinco dos sete indicadores contribuíram positivamente para o resultado do IAEmp, com destaque para os indicadores da Indústria – Tendência dos Negócios e Emprego Previsto, que aumentaram 8,6 e 6,3 pontos perante dezembro de 2019, respectivamente.
INDÚSTRIA – A produção industrial brasileira recuou 0,7% em dezembro, na comparação com novembro, pela série com ajuste sazonal da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgada nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Quando comparada a dezembro de 2018, a produção do setor mostrou queda de 1,2%. Com mais um mês de resultado negativo, a indústria fechou 2019 com queda acumulada de 1,1%, interrompendo dois anos consecutivos de crescimento: 2017 (avanço de 2,5%) e 2018 ( alta de 1%). A queda, segundo o IBGE, foi impactada sobretudo pelo resultado negativo do setor extrativo, que foi afetado pelo rompimento da barragem de rejeitos de minério de ferro da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG).