O setor atacadista e distribuidor se aproximou da meta de crescimento estabelecida para 2018, que era atingir 1% de alta no faturamento. A pesquisa mensal da ABAD (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados), apurada pela FIA (Fundação Instituto de Administração), aponta, em termos nominais, crescimento de +8,56% em outubro na comparação com o mesmo mês de 2017. Em relação ao mês de setembro de 2018, a alta foi de +6,39%. No acumulado do ano, de janeiro a outubro, o desempenho foi positivo em +0,58%.
“Apesar da base fraca de comparação, já que tivemos um ano extremamente difícil em 2017, o resultado de outubro demonstra que estamos no caminho de uma retomada econômica consistente. As sinalizações positivas do novo governo, que assumirá em 2019, estão fazendo com que a confiança retorne, impulsionando o consumo e abrindo espaço para os investimentos, com impacto positivo em um dos principais gargalos do país, que é a taxa de desemprego. Finalmente, vemos a luz no fim do túnel”, afirma Emerson Destro, presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (ABAD).
Em termos reais, o faturamento do setor em outubro também teve bom desempenho. Cresceu +3,82% em relação ao mesmo mês de 2017; +5,91 em relação ao mês de setembro; mas ainda sofre queda no acumulado do ano, de -2,95%.
CLIQUE AQUI para ver a pesquisa.
EMPREGO – O comércio atacadista do Estado de São Paulo voltou a gerar vagas com carteira assinada pelo terceiro mês consecutivo. Em setembro, foram criados 714 postos de trabalho, resultado de 14.661 admissões contra 13.947 desligamentos. Com isso, o setor encerrou o mês com um estoque de 505.156 empregos formais, alta de 1,7% em relação ao mesmo período de 2017, maior patamar desde setembro de 2015. No acumulado de 2018, o saldo ficou positivo em 7.006 vínculos celetistas. Na soma dos últimos 12 meses, 8.245 postos de trabalho formais foram abertos. Os dados são da Pesquisa de Emprego no Comércio Atacadista do Estado de São Paulo (PESP Atacado), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e das informações sobre movimentações declaradas pelas empresas do atacado paulista.
VAREJO – Diante do início de uma recuperação econômica no País, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que as vendas no varejo em 2019 cresçam 5,2%. Desta forma, o otimismo se reflete ainda este ano, com a previsão de negócios no setor subindo para 4,5%. Segundo a CNC, a conjuntura econômica tem-se revelado mais favorável do que no ano passado. “Este ano, o PIB deverá crescer 1,5%, enquanto em 2017 aumentou 1,0%. Para 2019 espera-se taxa maior, de +2,5%”, afirmou por meio de nota. Além disso, a movimentação da economia deverá continuar nos próximos meses e influenciar positivamente a Intenção de Consumo das Famílias (ICF).
INDÚSTRIA – A indústria brasileira produziu 0,2% a mais na passagem de setembro para outubro, na série com ajuste sazonal, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado de outubro, o setor inicia o quarto trimestre recuperando uma parcela pequena das perdas dos três meses anteriores. A produção recuou em julho (-0,2%), em agosto (-0,7%) e em setembro (-1,8%), conforme os dados divulgados nesta terça-feira. Ante outubro de 2017, a produção industrial cresceu 1,1%, após uma queda de 2,2% em setembro, no mesmo tipo de comparação. De janeiro a outubro deste ano, a indústria avançou 1,8% e apresentou alta de 2,3% nos 12 meses encerrados em outubro.
TRIBUTOS – A carga tributária bruta no país atingiu 32,43% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017, o que representa um aumento de 0,14 ponto percentual ante 2016 (32,29%). Essa é a terceira alta consecutiva e o maior nível em quatro anos. Pelos dados divulgados ontem pela Receita Federal, a arrecadação de tributos feita pelo governo federal teve uma pequena queda, já a de Estados e municípios subiu. Da carga tributária bruta total de 32,43%, 22,06% se referem a tributos federais; 8,34%, dos governos estaduais; e 2,03%, dos municípios. O aumento da carga é resultado da combinação dos acréscimos em termos reais de 0,99% do PIB e de 1,4% da arrecadação tributária nas três esferas de governo.
PIB – O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,8% no terceiro trimestre, em relação aos três meses anteriores, quando houve expansão de 0,2%, feitos os ajustes sazonais. O salto nos investimentos foi o maior responsável por esse crescimento, conforme o IBGE. Ainda há o aumento do consumo das famílias. O avanço da economia brasileira entre julho e setembro foi o maior desde a alta de 1,1% do primeiro trimestre de 2017. Apesar do bom desempenho, segundo a coordenadora de Contas Nacionais, Rebeca Palis, o resultado do PIB voltou ao patamar visto no primeiro semestre de 2012.