O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial do país, apresentou alta de 0,58% em outubro, após aumento de 0,09% do mês anterior. É o maior resultado para um mês de outubro desde 2015 (0,66%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A prévia da inflação acumulada em 12 meses acelerou de 4,28% em setembro para 4,53% em outubro. No acumulado do ano, o índice registra elevação de 3,83%.
Após recuarem em setembro, os preços dos combustíveis e dos alimentos voltaram a subir no antepenúltimo mês de 2018. Os combustíveis, que tinham declinado 0,19% em setembro, avançaram 4,74% em outubro, como esperado pelos analistas. Alimentação e bebidas, que tinham apresentado deflação de 0,41% em setembro, avançaram 0,44% em outubro. Responsável por um quarto do orçamento das famílias, esse grupo acrescentou 0,11 ponto percentual para a inflação do mês. Segundo o IBGE, a aceleração da inflação de alimentação e bebidas foi liderada por preços de produtos adquiridos para o consumo em casa — o que exclui restaurantes, lanches e outros –, com alta de 0,52%, após queda de 0,70% de setembro.
PIB – A economia cresceu 0,2% em agosto ante julho, segundo a série com ajuste sazonal do Monitor do PIB, calculado mensalmente pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A atividade se mantém positiva graças a bons desempenhos no consumo das famílias e em investimentos, em especial máquinas e equipamentos, afirmou Claudio Considera, coordenador do Monitor. Para ele, os dados positivos na atividade até agosto traçam carregamento positivo para 2019. “A economia continuou crescendo e não caiu em recessão a despeito de toda a agitação política. O investimento continuou a crescer, o que é surpreendente” disse.
EMPREGO – Em setembro foram criadas 137,3 mil vagas com carteira assinada, o melhor resultado para o mês desde 2013, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho. Os números mostram que a criação de vagas formais foi superior também à de agosto, quando foram gerados 117,1 mil empregos com carteira. O presidente Michel Temer comemorou o resultado em vídeo em rede social ao lado do ministro do Trabalho, Caio Vieira de Mello. Com o resultado de setembro, o saldo nos primeiros nove meses do ano é positivo em 719 mil vagas, uma alta de 1,9% na comparação com o mesmo período do ano passado.
INDÚSTRIA – A confederação Nacional da Indústria (CNI) informa que a sua pesquisa mensal Sondagem Industrial mostra queda da produção em setembro. Embora o recuo seja usual para o período, a queda em 2018 é mais intensa que a registrada entre agosto e setembro do ano passado, diz a entidade. O índice de evolução da produção ficou em 47,2 pontos em setembro. Como está abaixo dos 50 pontos, mostra queda na comparação com o mês anterior. O índice é inferior ao registrado no mesmo mês de 2017, o que significa dizer que o recuo da produção na passagem de agosto para setembro foi mais intenso em 2018 do que no ano passado.
CRÉDITO – A demanda do consumidor por crédito cresceu 1,9% em setembro, ante agosto, segundo a Boa Vista SCPC. Na comparação com o mesmo período do ano passado, houve aumento de 6,5%. Em 12 meses, a demanda cresce 2,3%. Considerando os segmentos que compõem o indicador, o segmento financeiro apresentou aumento de 0,3% em setembro na relação com agosto. O segmento não financeiro teve crescimento de 3,0% na mesma base de comparação. “Os resultados de setembro sinalizam para uma tendência positiva no indicador, que havia mostrado pouca melhora ao longo do primeiro semestre”, afirma o birô de crédito, em nota.