País cria 61,1 mil empregos formais e tem melhor fevereiro em 4 anos

O mercado de trabalho brasileiro registrou, em fevereiro, a abertura de 61.188 empregos com carteira assinada. Esse é o melhor desempenho para meses de fevereiro desde 2014, quando foram criados 260.823. Em fevereiro do ano passado, o país havia criado 35.612 empregos. No bimestre, o país criou 143.186 postos de trabalho com carteira assinada. Já em 12 meses, foi registrada a abertura de 102.494 vagas.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, que estão sem ajuste — não consideram as informações entregues pelas empresas fora do prazo — o desempenho do emprego em fevereiro reflete a diferença entre 1.274.965 admissões e 1.213.777 desligamentos. Os setores que mais admitiram em fevereiro foram de serviços (65.920) e indústria da transformação (17.363). Por outro lado, fecharam vagas o segmento do comércio (-25.247), construção civil (-3.607) e agropecuária (-3.738).

PIB 

A atividade econômica abriu 2018 apontando para baixo na métrica do Banco Central (BC), colocando fim a uma sequência de quatro meses consecutivo de expansão. Em janeiro, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) mostrou queda de 0,56%, depois de avançar 1,16% em dezembro de 2017 (dado revisado de 1,41%). Nos 12 meses encerrados em janeiro, o crescimento é de 1,2% na série sem ajuste. Devido às revisões constantes do indicador, o IBC-Br medido em 12 meses é mais estável do que a medição mensal, assim como o próprio Produto Interno Bruto (PIB) calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em comparação com janeiro de 2017, o índice teve crescimento de 2,97% na série sem ajuste.

COPOM 

Seguindo o que precificava o mercado, o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu, em reunião encerrada na quarta-feira (21), cortar a taxa básica de juros em 25 pontos-base, para 6,50% ao ano. Esta foi a décima segunda redução na Selic, que atinge seu menor nível na história. Após a última reunião, o BC deixou indicado que poderia encerrar o ciclo de cortes de juros, mas os recorrentes dados de inflação baixa e o lento processo de recuperação da economia nacional levaram analistas e investidores a mudarem de projeção, esperando esta redução anunciada.

VAREJO

O Indicador Movimento do Comércio, que acompanha o desempenho das vendas no varejo em todo o Brasil, subiu 3,4% no acumulado em 12 meses (março de 2017 até fevereiro de 2018 frente ao mesmo período do ano anterior), de acordo com os dados apurados pela Boa Vista SCPC.  Na avaliação mensal dessazonalizada, foi observada queda de 0,5% em relação a janeiro.  Já na avaliação contra fevereiro do ano anterior, houve aumento de 5,2%. Após dois anos de retração, o indicador do comércio já apresenta sinais robustos desde o final de 2017.

ARRECADAÇÃO

A arrecadação federal de impostos e contribuições registrou em fevereiro alta real de 10,67% ante igual mês do ano anterior e chegou a R$ 105,122 bilhões. Foi o quarto mês seguido de crescimento na comparação anual, de acordo com os números divulgados pela Receita Federal. Sem correção inflacionária, a receita com impostos e contribuições teve alta 13,82% em fevereiro, ante mesmo mês de 2017, quando a arrecadação somou R$ 92,358 bilhões. Considerando somente as receitas administradas, houve elevação real de 10,52%, para R$ 103,100 bilhões, na comparação com um ano atrás. A alta nominal ficou em 13,66%.

INFLAÇÃO 1

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial do país, desacelerou a alta para 0,10% em março, a menor taxa para o mês desde 2000, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em fevereiro, o indicador tinha subido 0,38%. O resultado ficou, ainda, abaixo do verificado em março de 2017 (+0,15%). Dessa forma, o índice de preços acumulado em 12 meses desacelerou na passagem dos meses: de 2,86% na prévia de fevereiro para 2,80% em março. No ano, por ora, o índice aumentou 0,87%.

INFLAÇÃO 2 

A expectativa mediana dos consumidores brasileiros para a inflação nos 12 meses seguintes manteve-se praticamente estável entre fevereiro e março, indo de 5,4% para 5,3%, o menor nível desde setembro de 2007 (5,2%), informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira. Na distribuição por faixas de inflação prevista, 44,7% dos consumidores projetaram valores dentro dos limites de tolerância (3% – 6%) da meta de inflação de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional para este ano. Houve aumento de 4,3 pontos percentuais na proporção de consumidores indicando inflação abaixo do limite inferior (3%). O intervalo mais citado pelos consumidores foi aquele entre o limite inferior (3%) e a meta (4,5%), mencionado por 28% dos entrevistados.

CRÉDITO

A demanda por crédito do consumidor reduziu 8,1% em fevereiro na comparação com o mês anterior, com dados dessazonalizados, segundo pesquisa da Boa Vista SCPC divulgada nesta quinta-feira. Na comparação com o mesmo período de 2017, a busca por alguma forma de financiamento por parte de pessoas físicas apresentou crescimento de 8%. No primeiro bimestre, a elevação foi de 8,6% em comparação aos dois primeiros meses do ano passado. E no acumulado de 12 meses, o indicador avançou 2,8% em relação a igual período anterior. Considerando os segmentos que compõem o indicador, no acumulado de 12 meses o segmento financeiro apresentou avanço de 2,9%. O segmento não financeiro subiu 2,4%, comparação com o mesmo intervalo anterior.

CONSUMO

O interesse de consumo das famílias atingiu em março maior patamar em quase três anos, informou nesta quinta-feira a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O indicador Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 1,1% entre fevereiro e março, para 88 pontos, maior patamar desde junho de 2015 (91,7 pontos). ´”A continuidade da melhora na economia, com juros menores, crédito mais barato, inflação menos pressionada e emprego mais favorável levou ao resultado”, afirmou Bruno Fernandes, economista da entidade.

INDÚSTRIA

O percentual médio de Utilização da Capacidade Instalada (UCI) da indústria caiu para 64% em fevereiro, ante resultado de 65% em janeiro, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI) na pesquisa mensal de Sondagem Industrial divulgada nesta quinta-feira. O indicador relativo à utilização de capacidade efetiva versus a usual, que considera o UCI comum para o mês, fechou fevereiro em 42,8 pontos, frente a 42,5 em janeiro. Como o indicador varia de zero a cem pontos e resultados abaixo dos 50 pontos indicam queda frente à base de comparação, a diferença entre a UCI efetiva e a usual foi um pouco menor em fevereiro do que em janeiro, mas continua distante da linha divisória dos 50 pontos.

CONFIANÇA 1

A confiança do comércio registrou a sétima alta consecutiva e o maior nível desde abril de 2014, conforme levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV). O índice que mede esse sentimento avançou 1,3 ponto em março, para 96,8 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice também subiu pelo sétimo mês consecutivo (0,6 ponto). A alta indicador em março ocorreu em sete dos 13 segmentos pesquisados e foi determinada, principalmente, pela melhora no Índice de Expectativas (Iecom), que aumentou 1,8 ponto, para 100,2 pontos, voltando à zona de otimismo após dois meses em queda. Já o Índice de Situação Atual (Isacom) chegou a 93,5 pontos, ao avançar 0,7 ponto no mês, melhor resultado desde junho de 2014(96,5 pontos).

CONFIANÇA 2

A confiança da indústria marcou o maior nível desde agosto de 2013 (101,9 pontos), mostra a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança da Indústria (ICI) teve alta de 1,3 ponto em março, para 101,7 pontos. Com o resultado, o ICI médio do primeiro trimestre fechou em 100,5 pontos, 2,9 pontos acima do trimestre imediatamente anterior. A alta da confiança industrial alcançou nove dos 19 segmentos industriais em março. O Índice de Expectativas (IE) subiu 1,4 ponto, para 102,8 pontos, o maior desde junho de 2013 (104,9). Após cair 1,5 ponto no mês anterior, o Índice da Situação Atual (ISA) subiu 1,2 ponto em março, para 100,6 pontos. Essa é a primeira vez desde setembro de 2013 em que ISA e IE fecham, juntos, acima do nível neutro de 100 pontos. Isso indica que a satisfação da indústria com o momento presente e o otimismo com o futuro próximo estão, agora, acima do que as que geralmente o setor reporta na pesquisa.

 

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