Queda da prévia do PIB em julho não assusta analistas

A queda do índice de atividade medido pelo Banco Central em julho não abalou os economistas, que confiam nos números positivos dos setores de varejo e serviços no mês para, no geral, afastar a sombra de um Produto Interno Bruto (PIB) negativo no terceiro trimestre, segundo reportagem do Valor Econômico. Indicadores antecedentes fracos para agosto, porém, indicam que pode haver desaceleração ante o período anterior. O Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) interrompeu dois meses de alta e caiu 0,16% em julho, na comparação dessazonalizada com junho.

O indicador foi influenciado pela queda de 0,3% na produção industrial, enquanto o mercado esperava alta de 0,6%. Os demais setores, no entanto, superaram expectativas. As vendas no varejo ampliado – que inclui veículos e material de construção e entra na conta do PIB – cresceram 0,7%, ante estimativa de queda de 0,6%. Já os serviços avançaram 0,8%.

VAREJO – Depois de um início de ano com pouco dinamismo, o varejo registrou seu melhor início de segundo semestre dos últimos seis anos, apoiado numa combinação de maior concessão de crédito a pessoas físicas, melhora do mercado de trabalho e inflação comportada. As vendas pelo conceito restrito, segundo o IBGE, cresceram 1% de junho para julho, o melhor resultado para o mês desde 2013. No conceito ampliado (que inclui veículos e material de construção), a alta foi de 0,7%. As vendas de hiper, supermercados e produtos alimentícios de junho para julho avançaram 1,3%.

ANTECEDENTE – O Indicador Antecedente Composto da Economia (IACE) para o Brasil subiu 0,1% em agosto, para 117,3 pontos, informa o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV), que publica o indicador em parceria com Conference Board (CB). Cinco das oito séries componentes contribuíram positivamente para a evolução do índice no mês. Já o Indicador Coincidente Composto da Economia (ICCE), também fruto da mesma parceria e que mensura as condições econômicas atuais, ficou estável em 102,6 pontos, no período. Desde agosto de 2018 – passados os efeitos da greve dos caminhoneiros -, o indicador tem oscilado numa estreita faixa entre 102,6 e 102,7 pontos.

ENDIVIDAMENTO – O percentual de famílias com dívidas subiu em agosto para 64,8%, ante 64,1% em julho, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) divulgada nesta sexta-feira pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Foi a oitava alta mensal consecutiva e o maior índice de endividamento desde julho de 2013, alertou a entidade. Também foi superior à parcela de 60,7% de famílias endividadas em agosto de 2018. Em contrapartida, houve melhora no percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso, que diminuiu para 9,5% em agosto, ante 9,6% em julho e 9,8% em agosto de 2018.

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