De acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, o movimento dos consumidores nas lojas de todo o país cresceu 1,5% em outubro. Quando comparado com outubro/17 houve alta de 7,9%. Com estes resultados, no acumulado do ano de 2018 até outubro, a atividade varejista cresceu 6,8% frente ao mesmo período de 2017.
Segundo os economistas da Serasa Experian, a melhora dos níveis de confiança dos consumidores, proporcionado pelo fim das incertezas relacionadas ao período eleitoral, e a data comemorativa do Dia das Crianças ajudaram a impulsionar a atividade varejista durante o mês de outubro.
O destaque do varejo em outubro foi o segmento de móveis, eletroeletrônicos e informática que cresceu 2,1% no mês. O movimento dos consumidores nas lojas de veículos, motos e peças avançou 0,7% em outubro, seguido de perto pela alta de 0,6% do segmento de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas. Também o segmento de material de construção cresceu no mês passado: 0,3%. Por outro lado, dois segmentos varejistas registraram recuos em outubro: combustíveis e lubrificantes (-1,3%) e tecidos, vestuário, calçados e acessórios (-0,4%).
INDÚSTRIA – A produção da indústria brasileira recuou 1,8% na passagem de agosto para setembro, na série com ajustes sazonais, mostrou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a terceira queda mensal seguida – desde o fim de 2015, não havia uma sequência de três meses consecutivos de redução da atividade no setor. Em agosto deste ano, a indústria registrou queda de 0,7%, em vez de 0,3%. Na comparação com setembro de 2017, a produção industrial caiu 2%, primeiro resultado negativo nesta comparação, após três avanços seguidos, destacou o IBGE. No ano, a indústria está no campo positivo, com elevação de 1,9%; em 12 meses, registra crescimento de 2,7%. No terceiro trimestre de 2018, a produção da indústria cresceu 1,2% frente um ano antes.
SUPERMERCADOS – As vendas de supermercados no Brasil em setembro cresceram 0,47% em termos reais ante igual período de 2017, mas encolheram 0,05% na comparação com agosto, informou a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). No acumulado do ano até setembro, o setor apurou crescimento real de 1,92% em relação aos nove primeiros meses de 2017, ficando abaixo da alta projetada para o ano de 2,53%, alertou a Abras. “Nos últimos meses, o consumidor se manteve receoso com o cenário econômico e político do país, a nossa perspectiva é que isso melhore gradativamente passadas as eleições”, afirmou o presidente da associação, João Sanzovo Neto, em comunicado.
JUROS – O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica de juros inalterada em 6,5% pela quinta reunião seguida. A decisão veio em linha com expectativas do mercado. A mensagem central do comunicado divulgado após a reunião reproduz a da reunião anterior, indicando que uma eventual retirada dos estímulos monetários dependeria de uma piora do cenário inflacionário e/ou de uma piora do balanço de riscos. O comunicado diz que se atenuaram os riscos negativos, mas eles seguem ainda com peso maior que os positivos. O colegiado reiterou que a conjuntura econômica ainda prescreve taxas de juros abaixo da taxa estrutural, mas que esse estímulo começará a ser removido gradualmente caso o cenário prospectivo para a inflação no horizonte relevante para a política monetária e/ou seu balanço de riscos apresentem piora.
CONSUMIDOR – O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), calculado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Ibope Inteligência, atingiu 110,6 pontos em outubro. Com a alta de 4,4% em relação a setembro, o Inec ficou acima da média histórica de 107,7 pontos e alcançou o maior valor registrado desde outubro de 2014. Foi o quarto aumento consecutivo do indicador, informa a pesquisa da entidade. Uma das principais razões para a maior confiança dos brasileiros é a melhora de sua situação financeira nos últimos meses. O indicador da situação financeira aumentou 8,9% em outubro frente a setembro.