A pesquisa Retratos da Sociedade: hábitos sustentáveis e consumo consciente, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), declarou que 74% dos consumidores brasileiros adotam hábitos sustentáveis, sendo que 30% deles afirmam que essa é uma rotina e 44% que esse costume surge periodicamente.
Nota-se, portanto, que há uma preocupação crescente com o meio ambiente que reflete nos hábitos de compra, indicador importante para a cadeia de abastecimento que visa conquistar e fidelizar clientes. Segundo a pesquisa, por exemplo, metade dos consumidores verifica se o produto foi produzido de forma ambientalmente sustentável. O percentual cresceu consideravelmente desde 2019, época em que apenas 19% declararam ter esse questionamento.
“A preocupação com o meio ambiente, com o ciclo de vida dos materiais e com a conservação dos recursos naturais é um desafio a ser enfrentado por toda a sociedade. A adoção de práticas sustentáveis tem sido, felizmente, cada vez mais comum tanto por empresas quanto pela população, o que é um passo relevante para avançarmos rumo a uma economia com menores emissões de gases de efeito estufa. A indústria brasileira tem buscado caminhos para produção e hábitos mais sustentáveis. É um caminho sem volta”, afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
O relatório indica, também, que 69% dos brasileiros costumam separar materiais para a reciclagem e os itens mais separados são plásticos em geral, alumínio, papelão, papel e jornal, e vidro. Quando questionados sobre as dificuldades para esse processo, os brasileiros indicaram falta de costume, esquecimento, e falta de coleta seletiva na rua, bairro ou cidade.
Dentro desse contexto, o Comitê ESG da ABAD vem trabalhando para conscientizar a cadeia de abastecimento sobre essas questões relativas à sustentabilidade ambiental. Tanto que o grupo está preparando uma cartilha sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). O material deve ser apresentado em junho, durante a Convenção ABAD 2024.
Além disso, a ABAD vem trabalhando em um projeto-piloto para a distribuição de PEVs (Pontos de Entrega Voluntária) no pequeno varejo, contribuindo, assim, para que a população que não conta com a coleta seletiva porta a porta tenha estações de descarte adequado cada vez mais próximas da sua residência ou da sua rota de deslocamento diária.
A pesquisa da CNI entrevistou mais de duas mil pessoas nas 27 unidades da Federação e o relatório completo pode ser acessado AQUI.