Consumidor impulsiona o pequeno varejo

Para além dos números referentes ao desempenho dos atacadistas e distribuidores no ano passado, o estudo do Ranking ABAD/Nielsen 2021 – ano base 2020, realizado pela ABAD em parceria com a consultoria Nielsen, destacou o crescimento do varejo de vizinhança como um grande fator a impulsionar o desempenho setor, que fornece cerca de 70% dos itens comercializados por esses estabelecimentos, especialmente nas cestas de alimentos, bebidas, higiene pessoal e limpeza doméstica.

Com a pandemia, foram registradas diversas mudanças no comportamento do consumidor. Apesar da redução do número de visitas aos pontos de venda e do crescimento das compras online, foi detectado um movimento significativo que acabou por beneficiar o pequeno varejo alimentar.

Especialmente nos bairros onde o perfil socioeconômico não favorece as compras online, seja por falta de acesso ou por questões culturais, o varejo de vizinhança foi um dos grandes beneficiários da renda garantida pelo auxílio emergencial no segundo semestre de 2020.

Seja para evitar aglomerações ou reduzir os deslocamentos por transporte público, quem pôde ficar em casa durante a pandemia deu preferência aos mercados do bairro na hora de fazer compras de reposição ou mesmo de abastecimento mensal, aproveitando a proximidade e a conveniência desse comércio próximo da residência.

Muitos consumidores também responderam a campanhas como Compre do Pequeno, do Sebrae, que tem o objetivo de valorizar o comércio local. Especialmente nos bairros mais afastados onde a relação de moradores e comerciantes (que muitas vezes são moradores também) costuma ser mais próxima, muitos consumidores foram sensibilizados pelas dificuldades do comércio no período e buscaram prestigiar o pequeno varejo para ajudar a movimentar a economia local e evitar o fechamento das lojas.

Com isso, de acordo com a Nielsen, os pequenos mercados (até 1.000m2) tiveram crescimento de 10% sobre 2019, com faturamento de R$ 189,7 bilhões, superando o resultado dos supermercados grandes (1000 a 2500m2), que apesar do crescimento de 10,5% movimentaram R$ 119,3 bilhões em 2020, e dos hipermercados (acima de 2500m2), que cresceram 6,9% e movimentaram R$ 108,5 bilhões.

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