Martins descarta aumento de preços e vê economia com preocupação

Flávio Lúcio Martins, CEO do Grupo Martins, disse que a empresa não aceita, nem aceitará, aumento de preços, por parte da indústria, nem tampouco adotará a política de repasse para o varejo para garantir o atual abastecimento. Embora seja categórico ao afirmar que prefere deixar faltar a mercadoria apresentada com reajuste, o executivo garante que a reposição está sob controle.

“Estamos fazendo com os fornecedores a calibração do estoque, o ajustando para não deixar faltar produtos. No quadro geral, excetuando a reposição do álcool gel, não temos problema”, assegura.

Com uma carteira de 220 mil clientes e cobertura nacional, a empresa contabiliza, neste momento, aumento de vendas entre 12 e 25%, com base no mesmo período do ano passado. Para o executivo, a atual alta reflete uma antecipação de compras gerada pelo medo das pessoas.

Para manter a operação sob controle, a empresa adota a estratégia de reuniões diárias para avaliar a operação e buscará soluções para problemas expostos pelas áreas. “Percebemos aumento de 25% nas vendas no Rio de Janeiro, 20% em Minas Gerais, 10% no interior de São Paulo. O movimento continua gigantesco, principalmente no setor de alimentos”.

O CEO critica medidas adotadas por estados que dificultam a distribuição e de forte restrição do comércio. E defende um plano de ação do setor público que contemple a área da saúde conjuntamente com a economia, para evitar grau acentuado de falência e maior aumento do desemprego. Para ele, o estrago econômico da crise do coronavírus pode ser maior que o impacto na saúde do Brasil.

Em paralelo às medidas de manutenção do abastecimento, o grupo adotou medidas de proteção dos colaboradores no início de março, estabelecido a partir de consulta ao Ministério da Saúde e ações adotadas por países que enfrentem à pandemia. Foram afastados trabalhadores acima de 60 anos, imunodeficientes, diabéticos, cardíacos, grávidas e mães de filhos com até 14 anos, entre outros.

Unidasul

Com forte atuação regional no Rio Grande do Sul, cobrindo desde o varejo até o atacado com entrega, a Unidasul adota medidas para evitar aglomerações, garantir o abastecimento e proteger os colaboradores.

Entre as ações está o controle no acesso às 38 lojas do Supper Rissul e oito do Macromix Atacado, que operam com 50% da sua capacidade permitida e respondem por 80% do faturamento do grupo. Os demais clientes aguardam do lado de fora a permissão de entrada.

Para dar condição de compra igualitária aos clientes e evitar uma quantidade desnecessária de pessoas circulando pelos corredores, outra providência foi permitir o acesso de apenas um integrante de cada família. Dessa maneira, a direção entende que está alinhada às ações necessárias para evitar a exposição de clientes e colaboradores.

A Unidasul está ainda estimulando as compras virtuais, pelo Mr. Estoque Atacado Online, reduzindo o limite mínimo do pedido para 100 reais e oferecendo frete grátis para todo o Estado. Isso vale para pessoas físicas e jurídicas. O site conta com 6 mil, entre os quais estão alimentos, mercearia, higiene e limpeza, matinais, pet e bebidas.

Leia as reportagens na íntegra no site da Revista Distribuição.

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