Como é formada a cadeia da reciclagem? O consumidor faz suas compras e separa corretamente os seus resíduos sólidos. Esses resíduos são então coletados, passam por um processo de triagem – muitas vezes em cooperativas de catadores – e seguem para a destinação adequada. Assim, voltam para as plantas fabris de reciclagem, que novamente o transformam em matéria-prima. É esse o ciclo que faz com que muitos resíduos não sejam descartados incorretamente, ganhando novamente a chance de utilização.
Nota-se que o processo é longo e tem muitos atores envolvidos. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei nº 12.305, já define que a responsabilidade pelo ciclo de vida dos produtos deve ser compartilhada. E isso significa que todos – fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e governo, por meio dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos –, devem atuar em conjunto para reduzir a geração de resíduos, coletá-lo e destiná-lo corretamente e, assim, diminuir o impacto causado à saúde humana e ao meio ambiente.
A Coalizão Embalagens, grupo de 14 organizações representativas do setor empresarial de embalagens, une esforços para promover a conscientização a respeito da responsabilidade compartilhada.
Acreditando que esse é o melhor caminho para a melhoria contínua da logística reversa no país, realiza ações que envolvem todos os atores da cadeia de reciclagem.
Para isso, conta com o comprometimento das empresas signatárias do Acordo Setorial Federal de Embalagens em Geral que auxiliam no desenvolvimento de ações em todos os níveis, desde o apoio aos municípios no envolvimento de setores fundamentais até o contato com o comércio atacadista de materiais recicláveis promovendo a ponte com as indústrias recicladoras.
Para que todos reconheçam seu papel fundamental na gestão adequada dos resíduos, tomando as atitudes necessárias, além das responsabilidades atribuídas ao setor privado e ao poder público municipal quanto ao gerenciamento dos resíduos sólidos – o que envolve a reincorporação desses materiais na cadeia produtiva por meio da logística reversa – o cidadão deve ser um consumidor consciente, fazendo boas escolhas e cuidando da separação dos resíduos a fim de garantir que os recicláveis sejam devidamente destinados à coleta seletiva, e os governos, federal, estaduais e municipais devem elaborar e implementar os planos de gestão de resíduos sólidos, assim como todos os apontamentos previstos na PNRS.
O Panorama da gestão de resíduos na América Latina e no Caribe, uma publicação da Organização das Nações Unidas (ONU), traz informações que reforçam ainda mais a necessidade de compreensão do conceito de responsabilidade compartilhada como pilar para melhorias efetivas nos planos de logística reversa do país.
Segundo o documento, a geração de resíduos está aumentando constantemente devido a fenômenos como aumento da população, crescente urbanização e desenvolvimento econômico. A perspectiva é de que a quantidade de resíduos gerados ao dia aumente 25% até 2050. Para reduzir esse impacto, o relatório da ONU sugere diretrizes que mostram que é preciso envolvimento de todos os atores da cadeia. Entre as recomendações estão a erradicação dos lixões a céu aberto; o investimento em serviços regulares e confiáveis de coleta de resíduos para toda a população; a comunicação e a promoção da participação efetiva de toda a sociedade; o estímulo aos investimentos e à sustentabilidade econômica do setor e a geração de dados e informações para melhorar a compreensão e os processos da gestão de resíduos locais.
O Instituto ABAD, representando os distribuidores, é signatário da Coalizão Embalagens desde a sua criação. ACESSE a página do IABAD e saiba mais.
Fonte: Site da Coalizão Embalagens