Ciro abre Diálogos Unecs e propõe restaurar ambiente de negócios

Um projeto nacional de desenvolvimento para trazer o Brasil de volta ao rumo. Assim o candidato Ciro Gomes (PDT) descreveu sua proposta de governo. Para Ciro Gomes, é preciso impor ao País, democraticamente, a tarefa de ser “um Portugal” em 30 anos. “Nesse, sentido, precisamos decompor os indicadores socioeconômicos e estabelecer a distância para alcançá-los”, declarou o candidato, que, ao final do diálogo, recebeu das entidades um documento com as principais demandas do setor de Comércio e Serviços.

“Milhões de pequenos empresários vislumbram a oportunidade de negócios, de investimento e de crescimento. O Diálogo UNECS é o espaço ideal para discutirmos esses caminhos”, observou José César da Costa, presidente da UNECS e da CNDL em seu discurso de boas-vindas a Ciro Gomes.

Ao longo de 50 minutos, o candidato respondeu a questionamentos relacionados ao setor de comércio e serviços. Segundo ele, seu plano de governo pretende restaurar o ambiente de negócios e dar modelo ao sistema tributário, que descreveu como o mais “caótico, estúpido e perverso do mundo”.

Imposto único – Ciro defendeu a unificação de tributos em um único imposto sobre valor adicionado, e afirmou ser necessário “deslocar o peso da carga tributária do consumo e pesá-lo um pouco mais sobre patrimônio e renda das classes mais abastadas”.

Segurança – Quando questionado sobre a segurança nas fronteiras, o candidato criticou o baixo efetivo da Polícia e da Receita Federal, cujo, segundo Ciro, 40% está atrás de balcões, apenas carimbando papel. “É preciso reestruturar a administração pública e transformar a punição em exemplo. O que dissemina o crime, é a impunidade”, declarou.

Reforma Trabalhista – Sobre as relações de trabalho, Ciro ressaltou que a “velha CLT” não compreende mais a realidade trabalhista brasileira, desenvolvida pela tecnologia, e falou da forte inadimplência que atinge as empresas. Segundo ele, a proposta é chamar o empresariado brasileiro para um pacto nacional de cooperação governo/empresas, mediando encontros com o setor para buscar soluções. “Eu, enquanto governo, vou querer arrecadar mais, e os senhores, contribuir menos. Precisamos equilibrar essa conta”, afirmou. Para equilibrar as contas, a solução, segundo ele, seria dispensar gastos que extrapolam a receita e priorizar as dívidas que o Estado precisa para caminhar para a frente.

Reforma Tributária – Sobre as propostas de reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional, o candidato disse não acreditar que elas mereçam ser chamadas de reforma. “São modernizações, simplificações, mas nem remotamente, têm condição de passar ou de resolver os problemas brasileiros, que são as incidências nas categorias menos poderosas politicamente”, pontuou.

Por fim, disse que o Brasil precisa de um esforço metodológico. “O setor formal hoje carrega os custos fixos do país, por estarem na formalidade. Por outro lado, mais de 50% do PIB está na informalidade. Como é possível competir assim? É preciso dar um freio de arrumação nisso”, concluiu.

Os Diálogos com candidatos à Presidência da República foram transmitidos ao vivo e estão disponíveis no canal Youtube da UNECS https://youtu.be/8Yb3yMyBDs4 e das oito entidades que compõem o instituto. Pela ver pelo canal do Youtube da ABAD, aperte o play abaixo.

*Com contribuição de Erick Arruda, da CACB, e de Maria Alice Monteiro, assessora de comunicação do Instituto UNECS.

 

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