A matéria principal desta edição detalha aspectos da pauta desburocratizante deste governo – o primeiro, em décadas, que decidiu abrir a porta do diálogo com o empresariado, visando a troca de informações e a coleta de sugestões do ponto de vista de quem efetivamente produz e gera trabalho e riqueza. Esse cenário muito nos anima.
Além de fazer caminhar a proposta da nova Previdência, o governo tem demonstrado empenho em tentar alavancar a economia por meio de medidas que, em seu conjunto, produzirão um impacto significativo no crescimento do País, ainda que não de imediato, além de iniciativas desburocratizantes criadas para melhorar o ambiente de negócios e fortalecer o empreendedorismo.
Nesta lista, temos a agenda de privatizações e concessões, que irão reduzir a dívida pública; a nova liberação de parte do FGTS, capaz de impulsionar o consumo do segundo semestre; a MP da Liberdade Econômica, que, entre outras coisas, simplifica procedimentos e dispensa empreendimentos de baixo risco de licenças, autorizações e alvarás prévios, além da flexibilização das Normas Regulamentadoras (NRs) de segurança e saúde do trabalho.
Diante dessa nova realidade, e por acreditar que o empresariado não deve esquivar-se de participar da modernização do País, a ABAD – Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores tem levado ao governo as contribuições e sugestões do setor atacadista e distribuidor, assim como tem monitorado a movimentação do Legislativo em temas importantes para o setor e procurado interlocução com o poder Executivo para discutir a modernização e a adequação de normas infralegais, como instruções normativas e portarias.
Junto com a UNECS – União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços,apresentamos sugestões e ideias para corrigir distorções e duplicidades de procedimentos que oneram a atividade empreendedora e geram perda de competitividade para a economia como um todo.
Definir o tamanho de Estado que queremos em nossos negócios é um trabalho urgente e grandioso. Para tanto, defendemos os projetos de lei prioritários do setor, que tratam das relações entre distribuidores e seus fornecedores; da comercialização de medicamentos isentos de prescrição em estabelecimentos do varejo alimentar; da atualização da legislação do representante comercial; e do marco regulatório de transportes e cargas perigosas.
Para fazer essas pautas avançarem, precisamos do engajamento e do bom relacionamento das filiadas com os parlamentares de seus Estados, assim como do apoio das empresas do setor para fazermos a nossa parte neste momento histórico.
Um futuro positivo nos aguarda; unidos, chegaremos lá!
Uma resposta
Emerson, parabéns por suas colocações. Tendo atuado como Representante Comercial a mais de 20 anos, entendo perfeitamente muitos dos problemas vividos pela categoria, e concordo plenamente que o Governo precisa ir além do que a legislação atual oferece. Cada Empreendedor deste País deveria ser olhado com uma lupa de ouro, pois geramos mais empregos e impostos coletivamente, quando comparados a grupos de grande porte. Se tivesse desistido do Brasil e me mudado para EUA ou Europa, hoje seria dono de uma gigante da Tecnologia. Mas continuo insistindo na ideia de que é possível gerar conhecimento, inovação e riqueza sem sair do Brasil.